Por um simples e único motivo as lojas virtuais são criadas para a venda de varejo, por isso se chama lojas e não fabrica online, mas brincadeiras a parte é muito comum em conversas com atuais e futuros clientes este assunto entrar na conversa: “ah, mas e se eu montar uma loja virtual será que vai vender mais?” ou “meu concorrente montou uma, será que devemos fazer uma também?”
Primeiro uma loja virtual é a representação digital literal de uma loja de varejo onde a parte visual, quantidade e preço são em sua maioria obrigatórios, e como sabemos na indústria muitas vezes o preço não é nem sequer divulgado pois é um grande diferencial no momento da negociação, além de que o visual e a quantidade muitas vezes são relativos, pois o mesmo produto pode possuir mil medidas diferentes mas visualmente pode ser praticamente idêntico.
Segundo motivo é que o pagamento normalmente é parcelado em uma loja ou avista com desconto onde se tem taxas das operadoras do cartão que atualmente batem os 5% do valor total, isso funciona “bem” para varejo pois como é comum e até essencial ter um “giro” frequente no estoque realizar uma venda por menos é mais importante do que não vender nada.
Já no caso da indústria muitas vezes o pagamento é parcelados em quatro vezes no famoso 15, 30, 45, 60 e os produtos são entregues conforme vão sendo separados e produzidos, isso tudo com taxas “menores” já que são acompanhados por meio de boletos bancários que comparados com o varejo é uma custo bem menor.
Terceiro e último motivo é a questão cultural e de consciência do cliente, é comum que quando uma pessoa tem interesse em comprar algum produto a primeira coisa que ela vai fazer é pesquisar no Google e levantar o preço em diversas lojas, isso graças ao seu nível de consciência que é alto, ela sabe o problema que possui, conhece a solução e sabe como encontrá-la.
No caso da indústria o cenário é diferente o comprador possui outra abordagem, a grande maioria pesquisa no Google mas não compram direto por ele e sim entram em contato com a empresa fornecedora (seja por e-mail, chat ou telefone) e explicam seus problemas buscando por uma solução, desta maneira manter uma vitrine cheia de “produtos” e opções não vai evitar que o comprador entre em contato com o seu comercial com o objetivo de tirar algumas dúvidas e por fim realizar a compra.
Mas quer dizer que a indústria então não pode vender nada online?
Não é bem assim, eu disse que lojas virtuais não funcionam mas não quer dizer que o e-commerce no todo não funcione.
Ecommerce ou em tradução livre comércio eletrônico é a venda não-presencial, é um tipo de transação comercial feita especialmente através de um equipamento eletrônico, como, por exemplo, computadores, tablets e smartphones.
Sendo a loja virtual um subproduto deste modelo, em outras palavras as indústrias podem e devem usufruir de toda as vantagens que o e-commerce possibilita mas não deve cair neste movimento de manada para a criação de lojas virtuais, pois isso não vai funcionar além de gerar um investimento sem retorno nenhum.
Como usar o e-commerce na minha indústria?
Esta é uma pergunta muito extensa e para isso precisaria de mais tempo para aprofundá la no entanto existem iniciativas que podem ajudar ao transformar a indústria em uma empresa mais digital e menos analogica:
Gestão Inteligente com ERP, CRM e softwares de controle são uma boa pedida;
Pagamentos por cartão em alguns casos podem ajudar muito, não precisa ser pela loja.
Comunicação dinâmica com o comercial por meio de chats ou usando voip;
Automatizar e otimizar processos internos de venda.
Estas são algumas sugestões que podem ampliar muito a abrangência de uma indústria criando um ambiente que responde muito mais rápido e com menor custo as demandas do mercado.
Conclusão
Caso sua empresa seja uma prestadora de serviços ou uma atuante com vendas no varejo ter uma loja pode ou não ser interessante, dependendo da estratégia que for utilizada para diferenciar a sua das demais, no caso de ser uma indústria compensa muita mais investir nos pontos acima do que em uma loja virtual propriamente dita.