Para ajudar a conseguir respeitar os 5 pilares da usabilidade, podemos usar as 10 heurísticas de Jakob Nielsen, conhecido como o pai da usabilidade, após anos de pesquisa, torno-se uma grande referência no mercado.
Entenda primeiro que estas 10 heurísticas servem como uma espécie de check-list para o desenvolvimento de uma melhor comunicação com o seu usuário em relação ao seu produto.
Depois de anos de pesquisa, o dinamarquês Jakob Nielsen, Ph.D em ciência da computação e criou o movimento “Engenharia da Usabilidade”, onde trabalhou com o ex-vice presidente de pesquisa da Apple Dr.Donald A. Norman, desempenhando um grande papel na usabilidade tão aclamada presente atualmente nos produtos da Apple.
1# Visibilidade do estado
O design deve sempre informar a situação / estado atual para facilitar o entendimento para onde seguir e como seguir.
Quando seu usuário entende o que está acontecendo e para onde ele deve seguir, isso mitiga muitos erros e equívocos.
A melhor dica é sempre comunique a situação para o seu usuário, indicando, demonstrando e alertando a todo o momento, o excesso neste caso não é pecado, mas claro aplique a moderação.
Exemplo:
O spinner é o maior exemplo desta heurística, ela indica ao usuário que o produto está carregando algo, ele deveria aguardar pois algo está acontecendo.
Um segundo exemplo são os componentes de passo a passo comuns em sites como lojas virtuais.
2# Ligação com o mundo real
O produto deve se comunicar com o seu usuário, utilizando palavras, termos e símbolos que proporcionam uma sensação natural e lógica.
Nada pior do que o produto forçar que o seu usuário a entender o significado de tal termo, ou uso. Este tipo de situação pode gerar uma grande confusão tanto no uso quanto na aplicação, ferindo os pilares existentes da usabilidade.
A melhor dica é utilizar a linguagem mais focada em seu usuário com termos simples e que se encaixem com a lógica presente.
Exemplo:
Em poucas palavras a Netflix consegue exemplificar todo esta heurística, demonstrando de forma lógica e natural, orientando o seu visitante a realizar uma determinada ação.
3# Tenha o controle, sem tirar liberdade
É a famosa liberdade controlada, sempre deixe livre o caminho e as escolhas do usuário perante o produto, mas sempre com controle por parte do produto, uma vez que liberdade em excesso pode gerar problemas em uma regra de negócio.
Dica para isso é possuir funcionalidades que permitam que usuário tenha liberdade até um segundo momento, oferecendo assim a liberdade necessária para ele.
Exemplo:
Um exemplo antigo é o famoso Refazer e Desfazer presente em muitos aplicativos.
4# Mantenha o padrão e a consistência
Defina um padrão e mantenha ele, seja conciso para facilitar que o usuário do produto consiga estabelecer em sua mente que este é o padrão e associe, isso ajuda muito no momento de interação reduzindo muito a resistência.
A dica é siga um padrão de mercado tanto em terminologias quanto em questão a composição dos elementos, associado a o seu próprio para facilitar a jornada deste usuário.
Exemplo:
Amazon sempre optou por um padrão e consistência minimalista, que facilita muito a jornada de seu usuário em sua loja virtual, perceba que o amarelo é apenas utilizado para os próximos passos ou ações pré definidas.
5# Trabalhe na prevenção de erros
Entenda que erros podem acontecer e preveni-los é essencial, e se caso ocorrer existam maneiras de remedia-los, informando para o usuário o motivo e qual os fluxos necessários para resolve-los.
Aqui existem duas dicas: primeiro é priorizar os erros caros e depois as pequenas frustrações, e criei funcionalidades que permitam que o próprio usuário desfaça o erro cometido, desta forma o produto se torna auto corrigível.
Exemplo:
Mais uma vez Amazon exemplifica muito bem como evitar erros, exibindo todas as informações para o comprador, possibilitando que ele realize uma validação final da compra, mitigando assim muitos erros simples de serem resolvidos.
6# Crie o reconhecimento
O usuário dificilmente vai memorizar ou decorar cada passo que ele seguiu para alcançar determinado resultado, então o produto deve a todo momento facilitar este tipo de caminho evitando que o usuário tenha que ficar memorizando tudo.
Uma dica simples é diminuir a quantidade de informações a serem lembradas e a redução de passos para executar ou alcançar um determinado resultado.
Exemplo:
Magazine Luiza utilizam o famoso “bread crumb”, ou rastro de migalhas que facilita muito a navegação do usuário sem fazer com ele pense muito nisso.
7# Flexibilidade e eficiência de uso
Você deve se lembrar que o seu site pode ser acessado por pessoas com perfis diferentes. Por mais que o seu produto tenha um público definido, dentre eles podem existir pessoas mais ou menos experientes no uso de sites e aplicativos. Pensando nisso, a usabilidade deve ser boa para qualquer pessoa que resolver acessar seu produto.
Uma dica boa é entender e criar as funcionalidades com dois níveis de uso o rápido e simplista, e o mais complexo porém com maior flexibilidade.
Exemplo:
Amazon por exemplo você consegue apenas pesquisar um determinado item porém com um recurso de pesquisa avançada, um usuário mais experiente consegue realizar uma busca com mais filtros.
8# Design minimalistas
As interfaces devem ter as informações essenciais e que sejam relevantes, nada relevante. Entenda que cada elemento extra presente na interface compete diretamente com as informações relevantes, o que pode complicar muito a vida do seu usuário.
Uma dica é não distrair seu usuário com informações que não tenham ligação com este contexto, priorizando o conteúdo referente a função da página ou da interface do produto que o cliente está presente no momento .
Exemplo:
Apple sempre foca suas páginas em apenas um elemento, ação e produto por vez, um excelente exemplo a ser usado como referência.
9# Ajude a reconhecer, diagnosticar e consertar erros
Mesmo com todos os cuidados e diretrizes definidas, o usuário ainda sim pode cometer erros, é dever do produto conseguir reparar estas questões e seguir em frente mantendo a jornada do usuário.
Dicas que podem ser seguidas é sempre use tons avermelhados, chamativos e em negrito para situações de erro, explicando para o usuário o motivo do erro e como resolve-lo.
Exemplo:
Note o destaque que mesmo sendo simples e sem abusar do negrio, consegue orientar a jornada.
10# Ajuda e documentação
Um bom produto por si só não precisa de muita explicação, mas de qualquer forma é necessário que exista uma documentação que facilite o entendimento de como algumas funções são executadas, amenizando qualquer impacto decorrente de algum erro ou equívoco realizado.
Dica simples deixe a documentação e as perguntas frequentes sempre a mão, visíveis para quando o usuário precisar de ajuda ou ter dúvidas.
Exemplo:
Além das páginas de perguntas frequentes e documentações, demostrar a informação de maneira simples e presente também já reduz consideravelmente as dúvidas do usuário.
#Conclusão
As 10 heurísticas de Nielsen unido com os 5 pilares da usabilidade quando usados em união permite um aperfeiçoamento gigantesco na qualidade da jornada de qualquer usuário em um determinado produto, aumentando a retenção e gerando o menor atrito possível. como consequência desempenhando uma excelente experiência para o usuário.
Fonte: https://www.nngroup.com/articles/ten-usability-heuristics/